terça-feira, 1 de novembro de 2011

Atividade Livre-Pesquisa-1B

Letícia Morais





O Romantismo


O Romantismo é a arte do sonho e da fantasia. Valoriza as forças criativas do indivíduo e da imaginação popular. Opõe-se à arte equilibrada dos clássicos e baseia-se na inspiração fugaz dos momentos fortes da vida subjetiva: na fé, no sonho, na paixão, na intuição, na saudade, no sentimento da natureza e na força das lendas nacionais.

Gerado sob o impacto da Revolução Industrial e da Revolução Francesa, de fins do século 18, o romantismo surgiu no início do século 19, na Alemanha, França e Inglaterra, num momento histórico em que as classes sociais, como as conhecemos hoje, se definiam. Na ocasião, a sociedade se reorganizava e as classes sociais criavam ou redefiniam suas visões da existência e do mundo.Das classes sociais desse período, a nobreza e a pequena burguesia são as classes que vão atuar essencialmente no movimento romântico. Assim, o romantismo expressa, nas palavras de Karl Mannheim, os sentimentos dos descontentes com a nova ordem socioeconômica, isto é, com o capitalismo industrial.Recém-afastada do poder pelas revoluções, a nobreza só podia amargar uma nostalgia do Antigo regime. Ao contrário, a pequena burguesia expressava espanto e insegurança, vendo barrados pela grande burguesia, pelos verdadeiros capitalistas, seus projetos de ascensão social, desenvolvidos durante a luta contra a nobreza.
Amores e aventuras
De qualquer modo, é ponto pacífico que a forma romance se propaga e consolida no século 19, tendo se tornado o grande veículo de difusão de ideias, sentimentos e emoções, e inclusive crítica social da época. Dando vazão ao registro dos costumes, à ficção histórica, à narrativa de amores e de aventuras, o romance foi a forma que melhor se adaptou às necessidades expressivas dos autores daquela época.Da mesma maneira, foi a que melhor serviu ao entretenimento do público leitor de então. Nos centros urbanos, que conheciam um período de franca expansão com a implantação da indústria e dos serviços, a classe média crescia e se consolidava, descobrindo na leitura uma acessível forma de lazer (hoje encontrado na televisão).Assim, eram os jovens e as mulheres das cidades, com alguns recursos e instrução, que compunham basicamente o público leitor de romances, onde encontravam, em forma narrativa, uma projeção de suas próprias emoções, expectativas, busca de amor e felicidade, e ainda identificava suas desilusões.
Romantismo apresenta as seguintes características: - Individualismo: O homem burguês deu livre expressão a seus sentimentos e emoções mais íntimos. - Feição anticlássica: A estética romântica proclamou a liberdade individual do artista. - Fuga da realidade: A insatisfação com o mundo leva o romântico a fugir da realidade, expressando suas obras de várias maneiras: fuga para a natureza, fuga para o passado, fuga para o interior de si mesmo, fuga para o lado noturno de vida, para o misticismo, o sobrenatural, o sonho, a loucura ou a própria morte. - Nacionalismo: O nacionalismo romântico floresce, e propaga a idéia de que cada povo é único e criativo, e expressa seu gênio na linguagem, na literatura, nos monumentos e tradições populares.
O Estilo Romântico
Os artistas românticos incorporam ao estilo literário o sentimento da natureza, isto é, passam a ver na paisagem significados e sentimentos que na verdade pertencem a eles próprios. Essa projeção do sujeito sobre a natureza influência o estilo da literatura romântica, que imita as cores, os sons, os ritmos, os cheiros, e as linhas da paisagem. No Brasil, em especial, os escritores se deixam influenciar também pela língua natural da terra, o tupi-guarani .
Além das sugestões da fauna, da flora e dos primitivos habitantes de nossas matas, a linguagem dos centros urbanos e das diversas regiões do país influenciou substancialmente o estilo literário do romantismo brasileiro. A essa pressão da linguagem falada sobre a escrita dá-se o nome de brasileirismo linguistico. Ele acabou criando um sistema próprio de colocação pronominal, diferente do de Portugal, e imprimiu um ritmo também, próprio à sintaxe brasileira, muito mais próxima de nossa sensibilidade.

De modo geral, numa frase românica há mais sentimento do que organização estética, isto é, observa-se nela o predomínio da função emotiva da linguagem. Quer dizer, a primeira pessoa gramatical sobrepuja as demais, havendo recorrência intensiva de interjeições, exclamações e reticências.

Bibliografia
http://mundoeducacao.uol.com.br/
http://educacao.uol.com.br/

Nenhum comentário: