Cecília Meireles- Humildade- !A

Ana Carolina Dias

Caique de Amorim

Débora M. Silva

Leonardo Vicente





Humildade (1954)



Tanto que fazer!

livros que não se leem, cartas que não se escrevem,

línguas que não se aprendem,

amor que não se dá,

tanto quanto se esquece.



Amigos entre adeuses,

crianças chorando na tempestade,

cidadãos assinando papéis, papéis, papéis...

até o fim do mundo assinando papéis.



E os pássaros detrás de grades de chuva,

e os mortos em redoma de cânfora.



(E uma canção tão bela!)



Tanto que fazer!

E fizemos apenas isto.

E nunca soubemos quem éramos

nem para quê.



2. Qual é a palavra-chave da poesia?

R:Papéis.



3. Faça um resumo da poesia em três linhas?

R: Na vida, temos tanto a fazer, vemos tantas coisas e poucas

fizemos, vivemos assinando papéis, vendo crianças chorarem e

esquecemos da canção tão bela, e nunca soubemos quem éramos nem para

que estamos aqui.



4. Classifique as rimas, se houver, quanto ao valor, sonoridade,

posição, tonicidade.

R: Rimas Valor Sonoridade

Posição Tonicidade

escrevem - aprendem -pobre, imperfetita,externa,feminina

leem - escrevem- pobre,imperfeita, misturada,feminina

leem - aprendem-pobre,imperfeita ,misturada,feminina

chorando - assinando- pobre,perfeita, misturada,grave

assinando - mundo- rica,imperfeita,misturada,grave

chorando - mundo rica imperfeita,misturada,grave

fizemos - soubemos pobre,perfeita,misturada,aguda

tanto - quanto pobre,perfeita,misturada,aguda



5. Classifique as estrofes quanto ao número de versos.

R:1ª estrofe : Quintilha

2ª estrofe : Quadra

3ª estrofe : Distíco

4ª estrofe :monóstico

5ª estrofe : Quadra





6. Classifique a poesia quanto ao número de estrofes.

R:Essa poesia é uma poesia de estrofes livres.



7. Classifique os versos quanto ao número de sílabas.

R:



Tan/to/ que/ fa/zer/! pentassílabo

li/vros/ que/ não/ se/ leem/,/ car/tas/ que/ não/ se es/cre/vem/, bárbaro

lín/guas/ que/ não/ se a/pren/dem/, hexassílabo

a/mor/ que/ não/ se/ dá/, hexassílabo

tan/to/ quan/to/ se es/que/ce/. hexassílabo



A/mi/gos/ en/tre a/deu/ses, hexassílabo

crian/ças/ cho/ran/do/ na/ tem/pes/ta/de/, eneassílabo

ci/da/dãos/ as/si/nan/do/ pa/péis/, pa/péis/, pa/péis/... bárbaro

a/té o/ fim/ do/ mun/do as/si/nan/do/ pa/péis/. hendecassílabo



E os/ pás/sa/ros/ de/trás/ de/ gra/des/ de/ chu/va/, hendecassílabo

e os/ mor/tos/ em/ re/do/ma/ de/ cân/fo/ra/. eneassílabo



(E u/ma/ can/ção/ tão/ be/la/!) hexassílabo



Tan/to/ que/ fa/zer/! pentassílabo

E/ fi/ze/mos/ a/pe/nas/ is/to/. octossílabo

E/ nun/ca/ sou/be/mos/ quem/ é/ra/mos/ octossílabo

nem/ pa/ra/ quê/. tetrassílabo



8. A poesia é marcada pelo ritmo binário ou terniário?

R: A poesia é marcada pelo ritmo binário

Ex: a/mor/ que/ não/ se/ dá/,

A T A T A T



9. O som da poesia junto ao ritmo possibilitam imaginar, visualizar

algo (ser, objeto, música, sensação, sentimentos)?

R: A poesia nos faz imaginar como Cecília vê o mundo: suas sensações e

seus sentimentos, ou seja, sua visão de mundo na época.



10. Há repetição na poesia. Classifique-a.

R: Há a repetição de um verso na primeira estrofe e na última, não

tendo classificação para ele.



11. Verifique o que se pede abaixo e exemplifique

a) onomatopéia: não há

b) cacofonia: não há

c) linguagem: 1. culta erudita:

2. coloquial + culta:

3. comum/popular:

4. baixo-calão:

R: Linguagem coloquial e culta, pois ao mesmo tempo em que ela se

aproxima da linguagem cotidiana ela é culta, como podemos ver na

primeira estrofe.



d) época literária: Modernismo, devida ao ano em que foi criada.





12. A poesia possibilita ver a vida de Cecília em seu contento.

R: Possivelmente na época sim. Mas após alguns anos e algumas poesias

e livros de sucesso acredito que ela tenha saído dessa fase

“depressiva”.



 
15. Redija uma carta à Cecília Meireles ou questionando algo em suas

obras, ou indagando coisas de sua época, ou sobre sua vida.



São Paulo, 16 de agosto de 2011.



Cara Cecília



Temos algo a dizer sobre suas obras...

Achamos que muitas de suas obras são meio que “tristes” e pela qualidade de vida das pessoas hoje, gostaríamos que suas obrastivessem como essência coisas alegres para que todos aqueles que estiverem com uma qualidade de vida baixa, se apeguem a poesia esintam-se felizes para melhorar seu dia-a-dia. Sendo assim, pedimos

que a senhora, com esse imenso talento que tem, comece a trabalhar em obras mais alegres e felizes para essas pessoas; que hoje em dia é uma grande maioria da população brasileira e também da população mundial.Como a senhora é uma das melhores escritoras do Brasil e do mundo e

como trabalhamos muito na escola com suas obras achamos que essa pequena tarefa não será  um problema. Nós julgamos isso como um imenso e gigantesco favor para a sociedade

brasileira e mundial.



Atenciosamente,

                            Alunos da E.E. CAETANO DE CAMPOS



16. Coloque-se no lugar de Cecília e responda à carta.



São Paulo, 26 de agosto de 2011.



Caros Alunos da E.E. CAETANO DE CAMPOS,



Entendo sua preocupação e tentarei, a partir de agora, modificar minhas poesias para que pareçam mais felizes e alegres. Exatamente

para essas pessoas. Mas, vocês também tem de entender que a situação das pessoas é bem difícil hoje em dia, e poucas pessoas se apegam as poesias para melhorar isso. Muitas delas vão para o mundo do crime.

Então se não conseguir atingir meu objetivo peço desculpas desde já. Pois será muito difícil mudar a realidade através de uma única pessoa.

Poderiam então, pedir para outros poetas, para assim como eu, fazerem o mesmo. Quem sabem eles também aprovem a ideia?

Toda via darei o meu melhor, adorei a ideia!

Grata,

                                             Cecilia Meireles                                               Cecilia Meireles