segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Cecília Meireles - Pausa- 1A

Série: 1ºA
Trabalho orientado pela Profª Vera Lúcia Grando

Pausa

Cecília Meireles

Agora é como depois de um enterro.
Deixa-me neste leito, do tamanho do meu corpo,
Junto à parede lisa, de onde brota um sonho vazio.

A noite desmancha o pobre jogo das variedades.
Pousa a linha do horizonte entre as minhas pestanas,
e mergulha silêncio na última veia da esperança.

Deixa tocar esse grilo invisível,
- mercúrio tremendo na palma da sombra
-deixa-o tocar a sua música, suficiente
para cortar todo arabesco da memória...

Trabalho de Português
1. Dê:
a) número de versos:10
10b) número de estrofes: 3

2. Existem cacófatos (cacofonia) no poema?
Explique o seu sim e o seu não.
R: a-Agora é como depois de um enterro (necrofília);
b- a noite desmancha;
c- pousa a linha do horizonte entre as minhas pestanas(efeito obsceno);
d- desmancha o pobre(engraçado,diferente);
e-deixa tocar esse grilo invisível(sentido engraçado).

3. Há ambiguidade em algum trecho do poema?
(Explique o sim ou não).
R: Sim,porque no verso não se sabe se a linha ou a noite é que pousa
(pousa a linha do horizonte sobre as minhas pestanas);
em a noite desmancha o pobre jogo das variedades
(pode ser uma noite de festas ou diversas atividades a noite);
pousa a linha do horizonte entre as minhas pestanas
(você não sabe dizer se os olhos dela estão sefechando ou se ela está
avistando o horizonte).

4.Cite as rimas, se houver no poema, e as classifique.
Rima..............Sonoridade........Tonicidade.............Posição
ou disposição..........Valor

desmancha/esperança / imperfeita,feminina,interna,rica
tocar / cortar perfeita,masculina/aguda,misturada,pobre
noite / horizonte imperfeita,feminina,misturada,pobre
lisa / pousa imperfeita, feminina, misturada,rica
onde / horizonte imperfeita,feminina,misturada,rica

5.Observe os sons do poema.a)Há sons nasais?
(/ã/, /ẽ/, /ĩ/, /õ/, /ũ/).
Exemplifique com palavras do poema, destacando-os.

tre'men'do, esper'an'ça, 'mi'nhas, des'man'cha, ta'man'ho,
'me'mó'ria,j'un'to, so'no', 'en'terro, últi'ma', sil'ên'cio,
'me'rgulha,horiz'on'te, 'en'tre, li'nh'as, 'me'u, 'in'visível,
sufici'en'te,'on'de, 'mú'sica, s'om'bra, 'no'ite, 'mé'rcurio, 'ne'ste


b) Há sons surdos? (/p/,/H/, /K/, /f/, /s/, /Ѕ/, /t/).
Exemplifique com palavras do poema, destacando-os.

'p'es't'ana, 'd'e'p'oi's', 'c'or'p'o, 'p'arede, min'h'a's','s'u'f'iciente,
'c'omo, 'h'orizon't'e, arabe's'c'o, 'p'alma, e's'p'erança, 's'ono,
's'ilêncio,en't'erro,'p'arede, 't'amanho, 'p'ousa,
't'o'c'ar, 'c'or't'ar, 'p'obre,'s'ombra, lu't'a

c) Sabemos que na língua portuguesa predominam os sons orais e sonoros.
Há algum som que por repetir, ou por se destacar provoca uma onomatapéia?
Em caso negativo crie uma para o poema.

pousa=bru druuuu druuu
grilo=grigri,grigri,grigri
palma=clap,clapsono=z,z,z...

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